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5 sinais de que você não foi feito para ser funcionário


Acordar na segunda-feira já contando os dias para o fim de semana. Sentir que as horas passam e nada de relevante foi produzido. Ter de ser político o tempo todo.

Algo soa familiar? Essas são algumas reclamações comuns de quem está insatisfeito com sua situação de empregado e procura uma nova forma de tocar sua carreira: tornar-se o próprio chefe.


Não são poucos os casos de funcionários que largaram o emprego para empreender, partindo de uma sensação de incômodo constante.

"Assim como a dor faz parte do processo da saúde, o incômodo faz parte do crescimento. Se você sente uma dor constante, é preciso pesquisá-la, e não simplesmente achar que 'faz parte da vida'. A pior sensação é chegar ao fim da carreira, que pode até ter sido brilhante, e pensar que você poderia ter feito o que realmente queria", afirma João Roncati, da consultoria People+Strategy.


Muitos funcionários se converteriam ao empreendedorismo se apenas a infelicidade com o sistema de trabalho fosse critério. Porém, no meio do caminho, uma boa parcela deles cede ao receio de dar um passo maior do que a perna e se complicar na carreira e no orçamento.

Essa preocupação não é injustificada, diz Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora. “Empreender é uma área difícil: você não sabe se sua ideia dará certo; você depende muito mais do seu desempenho individual do que do conjunto, como é no mundo corporativo; e você não receberá o mesmo dinheiro todos os meses, por exemplo.”


Uma alternativa prática para se acostumar ao risco de um negócio é começar conciliando negócio próprio e vida de funcionário, deixando o empreendimento para as horas fora do expediente comercial. Porém, em longo prazo, é preciso saber superar o medo do risco e apostar tudo na sua ideia para que ela possa crescer.


Como? Preparação. “Empreender não é uma aventura: é escolher investir seu tempo em um negócio próprio, assim como você antes escolheu investir sua dedicação em trabalhar para outra empresa. Nos dois casos há planejamento, investimento e expectativa de retorno”, afirma Fábio Stumpf, diretor-executivo do instituto de coach empreendedor Solace Institute.

Ficou animado para empreender, mas ainda não sabe se essa é a melhor escolha? Confira, a seguir, alguns sinais de que a vida de funcionário realmente não é para você:


1. A rotina de um emprego não lhe traz realização pessoal

Estar desmotivado quanto aos objetivos da empresa, quanto ao seu trabalho e quanto aos resultados que você traz pode ser um sinal de que você deveria trocar a vida de funcionário pelo empreendedorismo.

Isso porque, para um empreendedor, cumprir as tarefas e ganhar o salário no fim do mês não bastam – é preciso ter uma identificação apaixonada com o propósito que seu desempenho gera.

“O empreendedor possui uma grande impaciência na carreira: ele quer se realizar, econômica e profissionalmente, e não consegue suportar aquilo que vê como errado em uma organização”, explica Roncati, da People+Strategy.

Porém, Stumpf faz um alerta: é preciso analisar se essa insatisfação não é por conta de um emprego atual ruim, mas sim pelo sistema de trabalho das grandes empresas em geral.

“Se você consegue se satisfazer dentro da corporação onde trabalha e só quer mais autonomia, pode virar o que se chama de ‘intraempreendedor’”, diz o coach da Solace.

2. Sua visão de oportunidades vai contra sua vida de funcionário

Os empreendedores são visionários: enxergam empreendimentos onde outras pessoas não veem nenhuma possibilidade de mudança.

Se você está explorando oportunidades de negócio, mas fazê-las crescer entra em conflito com sua rotina de empregado, esta pode ser a hora de virar um empreendedor.

“Por exemplo, quando o novo negócio requer o tempo que você vende para a empresa”, explica Stumpf.

3. Você não quer se limitar apenas às suas tarefas

Um dono de negócio precisa entender ao menos o básico de todas as áreas de sua empresa, como finanças, jurídico, marketing, recursos humanos e vendas - para citar apenas alguns setores.

Se você também não consegue se restringir apenas à sua posição na empresa, pode ser que tenha um empreendedor: enquanto as corporações se preparam para um ambiente dividido por setores, como caixinhas, os donos de pequenos negócios valorizam mais o trabalho no qual as áreas de atuação se mesclam.

“Esse futuro empreendedor quer se envolver com o processo de produção, desde a criação até a recepção do mercado, e não ser alguém que analisa apenas um pedaço da história, como um funcionário de um setor só”, explica Roncati. “Eles buscam uma liberdade de movimento maior do que a oferecida pelas grandes organizações.”

Mas como saber se esse é o seu perfil, na prática? “Analise se você é uma pessoa inconformada com seu modo de trabalho. É possível perceber isso quando você está o tempo todo querendo interferir em outras áreas, tentando entender o que cada uma está fazendo. Sua visão de trabalho dentro da empresa é ampla, holística”, complementa Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora.


4. O risco não o impede de prosseguir

Os funcionários que deveriam ser empreendedores costumam reclamar da falta de risco que as grandes empresas oferecem. Segundo Roncati, em uma organização, a resiliência é muito mais voltada a manter relacionamentos do que à tomada de decisões que podem afetar a empresa – especialmente no começo da carreira.

“Quando você cria um negócio, você precisa tomar decisões e não há um modelo que possa garantir que sua decisão será bem-sucedida. É preciso testar, aprender e repetir esse ciclo eternamente, sem se abalar com o que deu errado", explica o coach. "Há muitos jovens que gostam de participar do processo decisório, mas que desistem no primeiro fracasso: se esse não é o seu caso, talvez o empreendedorismo seja seu caminho.”


5. Você busca se atualizar – inclusive fora da empresa e da sua área

Os empreendedores são pessoas inquietas: o tempo todo, buscam conhecimento. Não é à toa que muitos empresários de sucesso possuem a leitura como um hábito.

Por isso, pergunte-se: você busca ensinamentos que sua empresa não oferece, inclusive de assuntos que não possuem relação direta com a área que você desempenha hoje?

“Esse funcionário que pode ser um empreendedor observa com atenção o que ocorre no mundo. Além de ser ligado das notícias, ele também busca capacitação fora da organização, o tempo inteiro”, diz Ana Fontes.


Fonte: EXAME.com


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